segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Fora da lei.

I took the law and threw it away; Cause there's nothing wrong; It's just for play; Theres no law, no law anymore; I want to steal from the rich & give to the poor.

Essas férias, até então, vem sendo um tanto quanto monótonas para mim. Apesar da confusão criada com os resultados (e os 13 reprovados na minha turma D: amo vocês galerë, saudades batendo já), não curti grandes aventuras até agora. Em parte por conta de algumas limitações físicas, rere. É, eu desloquei de novo a patela. Sei lá como eu consigo fazer isso semanalmente, mas, da forma como andam as coisas, vou acabar deslocando meu fêmur daqui a um mês (bate na madeira, Jëez). Espero que seja para o cérebro, pra acabar com essa minha leseira.
Pois bem, com toda essa frustração aventureira, eu precisava me refugiar em algum lugar ou coisa. Estava ficando aflita de não fazer nada além de milhões de exercícios fisioterapeuticos e congelar bolsas de gelo. Nada melhor que um bom livro.
A graça de dizer "um bom livro" é que já deveria deixar implícito que eu já o li, até porque não dá pra dizer se é bom ou ruim algo que não conheço. Grande erro humano.
Procurei nas prateleiras mas já sabia que ia acabar nele. Por mais que eu ache errado você guiar-se pela capa, não dava pra simplesmente ignorar o título atraente. "Fora da lei". Nossa, é exatamente disso que eu preciso. Estar à margem do senso, fora das regras, dos padrões. Ah, sua rotina maldita. Exercícios infernais, pedras de gelo que me esfriam e enfraquecem. Como detesto vocês.
Página 153. "Crissy observava as bailarinas e seus delicados trajes voando pelo palco ao som da música, em levantamentos altos e piruetas nos dedos dos pés, nas cambiantes luzes coloridas. Era impressionante. Ela nunca tinha visto algo tão glorioso. Era, como Grier lhe disse mais tarde, como ver uma pintura de Degas assumir vida".
Assumir vida. Muito boa essa frase. O que é assumir vida, afinal? Apenas dizer-se vivo sem realmente sentir o que há pra viver? O que é viver? Respirar, crescer, seguir o destino sem fugir às regras?
Não, é claro que não. É respirar, com a alma, o cheiro do mundo. Crescer o espírito e a mente pro novo, seguir o instinto podendo ser a exceção.
Até mesmo seu conceito é marginal. Tão oposto ao comum, mas tão atraente. Li todas as 346 páginas do livro de bolso. Diana Palmer salvou dois dias das minhas férias. Um romance hipnótico, com personagens cômicos, charmosos e amáveis. Sem algum refinamento na escrita mas tão rico de sentimentos, acabou me deixando fascinada. Mais uma vez.
Os personagens principais não estão, exatamente, fora da lei, mas há um contexto jurídico. Não sei bem o porque da escolha desse título. Talvez nem mesmo Diana saiba. Mas quem sabe a magia está mesmo aí, no não-saber.



E apesar da hora igual, eu me sinto diferente.